sábado, 26 de abril de 2008

Um amor, que dê jeito no meu coração.


Li num 'Orkut amigo', no ítem quem sou eu, a seguinte declaração: "Alguém que ainda acredita num grande amor que dê jeito no meu coração!"


Não consigo não ler esse ítem nos amigos que encontro. Gosto muito de saber como as pessoas se definem... Não é à toa que resumi quem eu sou em mais de dezoito linhas... Tinha muito mais pra falar!


Mas, enfim, a declaração exposta acima chamou minha atenção... E resolvi escrever sobre ela... Sobre o que eu pensei quando li... Faz de conta que eu ainda não achei um amor que dê um jeito no meu coração... Até por que, isso já me aconteceu. Primeiro a comédia... Posteriormente, a tragédia.


"Alguém que ainda acredita num grande amor que dê jeito no meu coração!"


Eu 'Tenho fé' que o amor vai aparecer qualquer hora dessas. E mais fé ainda, de que vai ser o 'amor-certo'... Tem que ser o amor-certo, por que o mundo está cheio de pessoas que encontraram um amor-errado.


Quero alguém que me complete... Que saiba fazer as contas complicadas que eu não sei, nem mesmo com calculadora na mão... Que me ensine a gostar de músicas novas... Eu só ouço MPB e, sinceramente, já tô achando o Chico um chato... Mas ele tem que suportar o Chico, senão... não dá! Eu prometo... Não fazer cara azeda se ele colocar funk. Prometo sorrir, se ele começar a dançar a dançar o CRÉU, mas não garanto que não seja um sorriso amarelo. Prometo, então, se for esse o caso, não chorar!


Quem sabe ele resolve me levar pra comer paeja, que ele adora... E, enquanto ele elogia a tal iguaria, eu finjo não colocar o polvoou outro fruto-do-mar esquisito num guardanapo à parte. E ele, ah... Tenho fé, sim... Não vai querer dividir comigo a sobremesa. Sobremesa não se divide! Lembram do desenho dos cachorros dividindo um espaguete? Dos filmes, onde se divide a Coca-Cola? Tudo pode ser dividido, menos sobremesa!


Ele não pode ser muito ciumento, mas também não pode não ser... Ou eu sou um tesouro que tem que ser ora guardado, ora exibido... Ou não sou?! E se eu não sou... Encontrei outro amor errado!


Esse amor tem que gostar do que eu gosto, não ser só complemento... Mas, será que complementar o que eu não sou, é ser do contra? Ele, Deus, tem que ser meu complemento-companheiro... Tem que ter vontade própria própia... Como vou respeitar um amor que seja fraco, sem vontades, sem força... Mas não me manda um amor que seja do contra... Que não goste de comédia romântica ou de sushi... E ele tem que gostar de acarajé, de licor, de shopping.

E não pode ser como o último amor... Em que eu me entreguei e foi só desilusão. Você não viu? Estava desatento... ele mentiu pra mim, me enganou. Aquela amiga dele, não era só amiga... E ele preferiu ela à mim. Senhor, não se distraia! Eu sei que outros pedem todos os dias.... Eu vi aquele filme!... Mas... Olha o que eu tô passando agora!


E ele tem que gostar de gato... Não pode ser alérgico... Onde eu ponho a Lou-Lou? Tá vendo o que um amor errado faz? Vai embora e ainda deixa 'lembranças vivas'... Que miam e soltam pêlos... E deixam uma falsa esperança de que vão voltar... e não voltam! E te deixam com um bichinho lindo, que afasta metade dos prováveis quase-amores possíveis...


Ai, senhor... Só estando de brincadeira! Não foi distração! Foi zoação...