sábado, 31 de maio de 2008


Carro. Fazenda. Noite. Palanque. Lua.

Eu. Ele. Primeiro pedido de casamanto.

Primeiros planos.

Eu. Ele. Fazenda. Casa. Filhos.

Quem vai cozinhar?

Lavar? Passar?

Eu não vou trabalhar?

Noite. Beijos. Romance.

Transa. Carinho. Fim da noite.

Negativa do pedido de casamento na cabeça.

Mas no rosto, um aparente sim.

Beijar? Quero de novo.

Transar? Quero de novo.

Mas essa história de casamento e choupana...

Não comigo.


De novo, eu disse:
'Obrigada pelo pedido. Desculpe pela resposta!'

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Mais do CARAPUCEIRO.

"COMO ELIMINAR O AMANTE -SEM GASTAR MUNIÇÃO
O leitor aflito me escreve. Quer ajuda, conselhos, alguma filosofia de consolação, ombro, ouvidos... Invoco a Miss Corações Solitários que costuma fazer morada nesta pobre caveira envelhecida em barris de bálsamo.
Não posso deixá-lo a mascar o jiló do abandono. Está desconsolado, como o Sizenando de Rubem Braga, que viu a amada cair nos braços de um playboy. Um idiota que não sabia sequer uma palavra de esperanto.
A vida é triste, Sizenando, como soprou-lhe o cronista.
Com Amaro, chamemos assim o nosso ensaio de Bentinho, não foi diferente.
Quis o destino parafusar-lhe objetos pontiagudos à testa.
Sim, ela tem um amante. Daqueles amantes que se encontram à tarde, num intervalo qualquer, no recreio da vida chata.
Nem foi preciso contratar o detive particular, conta-me o nosso Amaro. Ele mesmo fez as vezes de cão farejador de sua própria desgraça.
Que fazer?, indaga, num email no qual até a arroba bóia em poças de lágrimas.
Mato o desgraçado?
Tiro a vida da desalmada?
Vou-me embora pra Tegucigalpa?
Salto mortal da ponte Buarque de Macedo?
Um trágico, esse rapaz. Como os de antigamente. Amaro é do tempo em que os homens coravam. Ainda tenho vergonha na cara, envaidece-se o próprio.
Sossega, Amaro.
O melhor que fazes, respondi ao marido em fúria, é sumir por uns dias, inventar uma viagem, e dar todo tempo do mundo ao infeliz desse amante.
Banalizar o amante, meu caro e bom Amaro.
Entendeste?
Deixar que eles durmam e acordem juntos. Que tenham seus problemas, que percam o luxo dos encontros fortuitos e vespertinos, que se esbaldem.
É necessário deixar a Bovary sentir o bafo matinal da rotina.
A vida dos amantes dura porque eles só vivem as surpresas e valorizam cada minuto do relógio que põem sobre a cabeceira daquele motel barato.
Nada mais cruel para o amante da tua mulher que presenteá-lo com o pão-com-manteiga do dia-a-dia. A rotina é o cavalo de tróia do amor.
Amaro, nada de violência ou besteiras desse naipe.
Ao amante, todas as chances do mundo. Ao amante aquela D.R., a mitológica discussão de relação, o debate sem fim em plena TPM, quando o que ele mais queria era apenas ver a mesa redonda na tevê.
Um amante nunca sabe o que venha ser uma mulher sob o domínio da TPM. Ela faz questão de reservar todos os direitos desse ciclo ao pobre marido.
Ao amante, Amaro, a tapioca fria e sem recheio da rotina do calendário.
Ao amante, Amaro, a falta de assunto, o torresmo vencido do tédio.
Ao amante, os cabelos revoltos da mulher, naqueles dias em que nem mesmo ela se agüenta ou encara o espelho. Naqueles dias em que os cabelos brigam com as leis do cosmo e não há pente ou diabo que dê jeito.
Some, Amaro, depois me conta."

Uma tarde estranha.

O telefone tocou.
Sim, chego aí em meia hora.
Sim, vou com você.
Viagem longa, com risos e a certeza de que não devia ter ído...
Necessidade.
Riso de descobertas.
Riso descontrolado.
Riso contido.
Sua vez.
Sua vez.
Descrença.
Delírios.
Não vou mais.
Mas ela parou.
Vou sim.
Minha vez.
Não gosto de jaca.
Não gosto de crianças.
Deixe ir.
Vamos pro carro.
Chamado.
Recado.
Dúvida.
Se disse que é vermelho...
Não é vermelho, não.



Caro leitor, até num diário se deve guardar segredos... Hoje foi um dia muito estranho.

O Xico, no Carapuceiro.

"PARA BEIJAR A LONA DO AMOR


-Só não vou te perguntar se vens sempre aqui porque a casa inaugurou hoje.
Acreditem, com esta abordagem, uma rápida e metalinguística variação do infrutífero clichechão “vens sempre aqui?”, mr. Abelha, um amigo que flana na noite de SP, despertou na gazela um daqueles sorrisos que muitos bacanas só conseguem em troca de um diamante, um presente da Tyffani´s ou 12 trabalhos de Hércules.
Mr. Abelha não tem bala na agulha para bancar uma bonequinha de luxo, também não é um típico “maníaco do trechinho”, como chamamos aqueles supostos intelectuais que disparam duzentas citações e frases de efeito por minuto. Ele tem apenas a manha de fazer sorrir a mais existencialista das afilhadas de Jean-Paul Sartre. E isso é o que conta no primeiro momento, seja qual for o estilo do cavalheiro.
Se o camarada não for lá, digamos assim, um gato, vai carecer ainda mais do poder da simpatia e do algo mais. Sim, um mal-diagramado, caso deste cronista que vos aborda, sabe muito bem que a sua luta é quase sempre por pontos, ali na corda do discurso amoroso, minando a resistência da moça no ringue mais lírico, riso a riso, drinque a drinque, gesto a gesto.
O contrário do bonitão, do galã, sempre confiante, pois está acostumado a vencer por nocaute –embora muitíssimas vezes quebre a cara e volte para casa mascando o jiló do desprezo.
Sim, os desprovidos, como se diz, da beleza padrão, carecem ganhar sempre por pontos; os bonitões guardam na caixa torácica a soberba do triunfo por nocaute.
O melhor de tudo, para sorte nossa, é que a beleza é passageira e a feiúra só acaba no túmulo, como dizia o doce canalha fancês Serge Gainsbourg. Com essa conversinha mole, e muito charme, óbvio, o autor da clássica "Je t'aime moi non plus", a chanson mais tocada nos motéis do mundo inteiro, teve belas e quentíssimas histórias de amor com Jane Birkin e Brigitte Bardot, entre outras tantas fraquinhas da época.
Para fechar o boteco, uma dica de livros sobre o mesmo assunto: “Por um bife e outras histórias de boxeadores”

Sempre o Xico Sá...

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Coisas pra fazer antes de morrer...

Eu acompanho uns blogs e, aparentemente, todo mundo anda pensando nisso... O que fazer antes de morrer.
Tem muitas loucuras escritas... No meio, muitos sonhos, delírios, bobagens... Então quero fazer uma lista pra mim também, que sou louca, sonhadora e delirada.

  • Dormir em um museu, mas não em qualquer um, de preferência no Louvre. E, se der, que me esqueçam por lá uns três dias.
  • Conhecer as pirâmides do Egito. O Cairo... E todos os museus relacionados com múmias. Nesses, eu não quero ser esquecida.
  • Queria passar uma semana inteira trancada, sozinha, vendo meus filmes prediletos, os filmes que ainda não vi e me foram recomendados.
  • Ir pro Caribe num cruzeiro com o amor da minha vida, completamente apaixonada, sem ar...
  • Fazer um passeio curto de balão, com GPS e celular carregado.
  • Ter um sonho erótico com o Orlando Bloom, se não der, de maneira alguma, pra rolar ao vivo... Por que ele não aparece nos meus sonhos, se eu passo os dias pensando nele? Por que não nos encontramos no Louvre? Na Cultura, no shopping?
  • Fazer Bodas de Prata, apaixonada, rodeada de filhos e netos e amigos.
Eu vou ampliar esse espaço. Mas, por hora, se eu realizasse isso, já tava bom.

Do XICO SÁ!


PELA VOLTA DA CARTA DE AMOR

A carta escrita à mão, com local de origem, data, saudações, motivos, despeço-me por aqui, papel pautado, pelos Correios, portadores ou menino de recados. A carta, como canta o rei Roberto, escreva uma carta de amor, e diga alguma coisa por favor.

Pela volta da carta de amor.

Chega de e-mails lacônicos e apressados. Debruce a munheca sobre o papiro e faça da tinta da caneta o seu próprio sangue.

Não temas a breguice, o romantismo, como já disse o velho Pessoa, travestido de Álvaro de Campos, todas cartas de amor são ridículas, e não seriam de amor se ridículas não fossem.

A carta, mesmo com todas as modernidades e invencionices, ainda é o melhor veículo para declarar-se, comunicar afinidades e iniciar um feitio de orações.

O que você está esperando, vá ali na esquina, compre um belo papel e envelopes, e se devote. Se tiver alguma rusga, peça perdão por escrito, pois perdão por escrito vale como documento de cartório.

Se o namoro ainda não tiver começado, largue a mão dessas cantadas baratas e internéticas e atire a garrafa aos mares. Uma boa carta de amor é irresistível. Mas não vale copiar aqueles modelos que vêm nos livros. Sele o envelope com a língua, como nas antigas, lamba os selos, esse pré-beijo dos lábios da futura amada.

De novo Pessoa, para encorajá-los mais ainda: “As cartas de amor, se há amor, têm de ser ridículas”.
Às moças é consentido, além dos floreios e da caligrafia mais arrumadinha, a reprodução de um beijo, com batom bem vermelho, ao final, perto da assinatura.

Uma carta, até mesmo de amizade, deixa a gente comovido, como a que recebi outro dia de Fábio Victor, escriba e amigo do Recife que habita a velha e fria Londres.

Que os amigos,e não apenas os amantes, se correspondam, fazendo dos envelopes no fundo do baú as suas histórias de vida.

Pela volta da carta, que já é por si só uma maneira devota, um tempo que se tira, sem pressa, para dedicar-se a quem se gosta. Pela volta da carta, pois o que se diz numa carta é de outra natureza, é o bem-querer em tom solene.

O que você está esperando, meu amigo, minha amiga, largue esse cronista de lado e debruce-se sobre a escrivaninha. Uma mesa de bar ou de um café também são bons lugares para assentar as suas mal-traçadas linhas.

Um namoro, romance ou cacho somente à base de emails não se sustenta, mais parece uma troca de ofícios, “venho por meio desta”, uma troca de protocolos, mensagens comerciais. Um amor sem uma troca de cartas, nem que seja bem rápida, ainda não é amor... O que você está esperando? Vamos lá, cabrón, adelante chica, papel, tinta e derramamento, faz favor!

Células Tronco.


Hoje foi julgado e aprovado pelo STF as pesquisas sobre célula-tronco embrionárias.

Como não falar da importância que exerce sobre a vida de todos nós, brasileiros, essa aprovação?

Eu tenho uma amiga que hoje deve estar vibrando com essa decisão. A mãe dela tem uma doença rara, que vai paralisando os músculos e estava dependendo da aprovação dessas pesquisas para dar continuidade ao tratamento.

Beijo, minha querida, no seu coração, enorme e preocupado.

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Estou assim... Que essa foto me desvende. Por que hoje, especialmente hoje, eu tô monossilábica.

terça-feira, 27 de maio de 2008


A melhor coisa pra nós dois é ficar um tempo longe... Descobri que sinto sua falta e fico com vontade de chorar de saudade. Isso me surpreendeu. Não sabia que sentia ainda... Sinto.
Queria que você fosse comprar sorvete pra mim, pra gente tomar junto vendo televisão. Acho que eu descobri que sinto muito a sua falta...
Não fique longe de mim.

Memórias póstumas...


Estou lendo o livro de 'Memórias' de Machado...

Já o havia lido antes.

Repito, exclusivamente por que não lembro quem ele amou, como se descesse e subisse uma montanha. Quando eu souber, conto pra vocês. Se souberem, não me contem.

Será que sou só eu?


Será que sou só eu que acabo digitando errado as letras e números pra que a gente confirme se deseja enviar um comentário, participar de uma comunidade no Orkut, fazer um e-m?

Normalmente, se o 'texto' não for bem explícito, eu acabo me confundindo e errando...

Não tenho problema de visão, não sou débil... Mas quase sempre erro...

Primeiro o texto é alterado... O que não é bom... Letras e números espichados, deformados... É uma confirmação ou um teste? Me dá vontade de desistir...


Só não desisto, pra protestar.

Só escrevi, desabafei, pra protestar!

"Se eu soubesse que chorando/ empato a tua viagem/ meus olhos eram dois rios/ que não te davam passagem".



Li isto num blog de um cara muito inteligente... O Xico Sá. Blog, O Carapuceiro.

Achei brega, sim. Mas muito sincero... E talvez, eu fizesse extamante isso por você.

segunda-feira, 26 de maio de 2008

O cara im... perfeito de quem eu me desencontrei.


Sabe quando você não tem que encontrar alguém nessa vida?


Vocês se olharam e você se apaixonou. Ou vocês se apaixonaram?

Pelo quê, mesmo?

Ele é feio - mas você acha que ele é lindo, confuso - mas você isso charmoso, atraente- mas não daqueles que te derrubam...

Vocês frequentam os mesmos lugares, mas nunca se encontram...

Tem amigos próximos, que não sabem do quase rôlo e não ajudam vocês...

Você está ao telefone com um desses amigos em comum, quando alguém liga pro celular dele e pede o telefone do dito cujo... Você anota e ao invés de ligar, duvida e joga fora.

Meses depois, descobre... Era o número dele mesmo.

Vocês gostam das mesmas coisas e procuram pessoas mais ou menos iguais a vocês. Mas vocês não se enxergam.
Ele não sabe que ela gosta dele e Ela não sabe que ele gosta dela... Seguem perdidos, namorando pessoas erradas... Procurando o que já encontraram...
Vão ser sempre amigos. Até que a morte os separe! Por que deixaram por conta do DESTINO... Apagaram os sinais.

domingo, 25 de maio de 2008

A música dos meus dias. EM ALGUM LUGAR DO TEMPO, Biquini Cavadão.

"Não guarde mágoa de mim
Também não me esqueça
Talvez não saiba amar
Nem mesmo te mereça
Como as ondas do mar
Sempre vão e vem
Nossos beijos de adeus
Na estação de trem
Um gosto de lágrima no rosto
Palavras murmuradas
Que eu quase nem ouço
Que eu quase nem ouço...

Em algum lugar no tempo
Nós ainda estamos juntos
Em algum lugar
Ainda estamos juntos
Em algum lugar no tempo
Nós ainda estamos juntos
Prá sempre, prá sempre
Ficaremos juntos...

Não tenha medo de mim
Não importa o que aconteça
Não me tire da sua vida
Nem desapareça
Como as ondas do mar
Sempre vão e vem
Nossos beijos de adeus
Na estação de trem
Um gosto de lágrima no rosto
Palavras murmuradas
Que eu quase nem ouço
Que eu quase nem ouço... "

sábado, 24 de maio de 2008

Devaneios. Texto de Rubem Braga.




"E no meio dessa confusão alguém partiu sem se despedir; foi triste.


Se houvesse uma despedida talvez fosse mais triste, talvez tenha sido melhor assim, uma separação como às vezes acontece em um baile de carnaval — uma pessoa se perda da outra, procura-a por um instante e depois adere a qualquer cordão.


É melhor para os amantes pensar que a última vez que se encontraram se amaram muito — depois apenas aconteceu que não se encontrarem mais.


Eles não se despediram, a vida é que os despediu, cada um para seu lado — sem glória nem humilhação.


Creio que será permitido guardar uma leve tristeza, e também uma lembrança boa; que não será proibido confessar que às vezes se tem saudades; nem será odioso dizer que a separação ao mesmo tempo nos traz um inexplicável sentimento de alívio, e de sossego; e um indefinível remorso; e um recôndito despeito.


E que houve momentos perfeitos que passaram, mas não se perderam, porque ficaram em nossa vida; que a lembrança deles nos faz sentir maior a nossa solidão; mas que essa solidão ficou menos infeliz: que importa que uma estrela já esteja morta se ela ainda brilha no fundo de nossa noite e de nosso confuso sonho?


Talvez não mereçamos imaginar que haverá outros verões; se eles vierem, nós os receberemos obedientes como as cigarras e as paineiras — com flores e cantos.


O inverno — te lembras — nos maltratou; não havia flores, não havia mar, e fomos sacudidos de um lado para outro como dois bonecos na mão de um titeriteiro inábil.


Ah, talvez valesse a pena dizer que houve um telefonema que não pôde haver; entretanto, é possível que não adiantasse nada.


Para que explicações? Esqueçamos as pequenas coisas mortificantes; o silêncio torna tudo menos penoso; lembremos apenas as coisas douradas e digamos apenas a pequena palavra: adeus.


A pequena palavra que se alonga como um canto de cigarra perdido numa tarde de domingo."






Queria saber escrever assim... É tão banal o que escrevo que até me surpreendo ao receber e-ms com observaçãoes, elogios e críticas. É mesmo uma surpresa.

Como não devia ser...

Andando de moto, num fim de tarde ensolarado, agarrada na cintura de um homem lindo, toquei num ramo de folhas de parreira e ri... Naquele instante tudo estava perfeito exceto pelo fato de eu querer estar com outro.

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Coisa gostosa de fazer...

Encontrar seu melhor amigo e ouvir todas as canalhices masculinas... Depois, relatar as tonteirices femininas... E passar a tarde rindo das bobagens que vocês falam, das coisa que fizeram ou não.

Definitivamente os meninos são os mais estranhos.

O meu amigo querido foi numa balada com uma turma de amigos, de ambos os sexos. Na balada,
duas de lá se aproximaram. Ele me disse: 'Manu, quando uma mulher deixa tudo e vem dando atenção só pra um cara é por que ela quer ficar com ele.' É sim, respondi. É sim.

Mas é que vieram duas, e pra ele não perder a chance de ficar só com uma, prefiriu não ficar com nenhuma e passar a noite sendo flertado...

Eles são muito esquisitos!

quinta-feira, 22 de maio de 2008

DESCULPE, ANJO.


Sei que nada do que eu disser ou fizer vai modificar o que eu fiz. E não vou te explicar aqui por que acabaria sendo indiscreta.Só quero que você saiba que eu continuo te pedindo desculpas... O que no fim, não quer dizer nada...Desculpas eu já pedi. Mas... Quando você quiser conversar... Se algum dia quiser conversar comigo de novo... Ou quiser uma explicação detalhada de tudo... É só falar. Mais uma vez, desculpe.

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Catarina, Exotérico, Terra...

Tenho vergonha de contar pras pessoas que além de ler a previsão pro meu signo e de outras pessoas diariamente, eu acompanho os conselhos da Catarina. Vá no Terra, clique em Exotérico e veja o ítem 'Oráculos'. Não ria! Ela é uma periquita muito sábia. O conselho dela hoje pra mim foi este e fez muito sentido.

"Sempre confias em todo mundo, e isto já te proporcionou desgostos. Tomas pois cuidado com o que te dizem e por longos anos gozarás felicidades.

Não sejas ciumenta se quiseres ser feliz. Deixe teu amor livre para viver outros amores, e assim proceda também. Se o vosso amor for mesmo verdadeiro ficarão juntos por muitos anos.

Tens coisas que te inquietam, mas tudo conseguirás. Tiveste muito trabalho e desgostos, mas não estranhes. Com o passar do tempo, que muda tudo, ficarás mais feliz.

Terás sorte com o número 0236."
Se alguém entende de jogo do bicho me diga o que esse número significa.

Agora é definitivo!


Já mudei o nome deste blog algumas vezes e não conseguia ter a certeza de que tinha encontrado um que tivesse realmente a ver comigo.

Mas agora encontrei.

Alguém, que me conhece e que lê o blog, mandou um e-m dizendo que, apesar de eu realmente ser uma Mulher Incomum, esse não era um nome um nome legal prum título. No fim do e-m sugeriu 'OLHOS DE CAPITU...'

Gostei de imediato. Vi que tinha a ver e vai ficar assim.

terça-feira, 20 de maio de 2008

E o Universo conspira...


Postado por Paulo Coelho em seu site oficial, 16 de Maio de 2008.

"Contou-me a jornalista Graziela Romero que a famosa escritora chilena Isabel Allende havia acabado de dar uma conferencia em San Francisco, nos EUA, quando um homem aproximou-se.
“Quero casar-me com você”, disse ele. “Você é a mulher da minha vida”. E deixou seu cartão de visita.
Isabel Allende partiu no dia seguinte para o Chile. Seus filhos, que a esperavam no aeroporto, notaram que a mãe estava diferente.
“O que houve?”, perguntou o mais velho.
“Tudo correu bem, exceto…” e Isabel contou a historia do homem. Nunca o vira, nem sabia direito o que ele fazia, mas não conseguia parar de pensar nele.
Enquanto aguardavam a liberação das bagagens, o filho mais velho afastou-se. Voltou 15 minutos depois, com uma passagem na mão.
“Volte no mesmo avião”, disse o filho. “Seus olhos têm um brilho que nunca vimos antes”.
Isabel voltou para os Estados Unidos no mesmo avião. Telefonou para o numero do cartão, e está até hoje casada com aquele homem.Postado por Paulo Coelho em 16 de Maio de 2008 às 00:21
Contou-me a jornalista Graziela Romero que a famosa escritora chilena Isabel Allende havia acabado de dar uma conferencia em San Francisco, nos EUA, quando um homem aproximou-se.
“Quero casar-me com você”, disse ele. “Você é a mulher da minha vida”. E deixou seu cartão de visita.
Isabel Allende partiu no dia seguinte para o Chile. Seus filhos, que a esperavam no aeroporto, notaram que a mãe estava diferente.
“O que houve?”, perguntou o mais velho.
“Tudo correu bem, exceto…” e Isabel contou a historia do homem. Nunca o vira, nem sabia direito o que ele fazia, mas não conseguia parar de pensar nele.
Enquanto aguardavam a liberação das bagagens, o filho mais velho afastou-se. Voltou 15 minutos depois, com uma passagem na mão.
“Volte no mesmo avião”, disse o filho. “Seus olhos têm um brilho que nunca vimos antes”.

Isabel voltou para os Estados Unidos no mesmo avião. Telefonou para o numero do cartão, e está até hoje casada com aquele homem."
Não é uma história linda? É linda sim!

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Uma separação tumultua tudo...


A foto demonstra mais ou menos a forma como a encontrei naquele domingo de manhã. Estava péssima! Chorava muito. Dizia coisas sem sentido.
Eu sou, definitivamente, a pior pessoa que existe pra consolar alguém!
Falei dos erros dela e fui incapaz de dizer que as coisas poderiam mudar... Ela dizia: " Manú, não fala isso! Ele vai chegar daqui a pouco e nós vamos voltar".
Ainda bem que eu estava errada. Eles voltaram e ela está feliz. Só não sei até quando. Tô sendo tão pessimista... Espero que ela não leia isso aqui...

domingo, 18 de maio de 2008

Manu, me explique...

Ele começou falando mais ou menos assim:
'Tava tudo bem entre 'fulana e eu'. Gosto dela. Gosto da companhia, do sexo, do papo... Mas hoje, do nada, ela veio com uma conversa esquisita de que a gente não evolui e quer saber como vai ser no futuro e por que não fazemos planos?...'

E você falou o quê?

'Disse que quero que as coisas aconteçam naturalmente...'

Eu ri e falei que quem vai fazer as coisas acontecerem 'naturalmente' é ele. Ela quer um pedido!

Ele vai acabar!

Vá entender os meninos! Ela é perfeita pra ele. Eles estão juntos há dois anos e eles tem mais de trinta anos (trinta e dois pra ser exata), estão estáveis profissionalmente, financeiramente, emocionalmente... Mas ele acha que falta alguma coisa.

O que dizer, né? Ou casa ou viaja!

As coisas que eu odeio em você...

Você tem muitas coisas pra eu odiar...
Odeio cada uma delas com uma intensidade louca...
A mesma intensidade com que te amo.
Duvide... Mas acredite!
Parece que não... Mas do meu jeito... Amo você.

Ex bom é ex morto?

*O ex que não se conforma que é ex, e volta e meia te liga pra se convencer que vc não gosta mais dele mais... Será que não?


*O ex que não se conforma que é ex, e volta e meia te liga pra te convencer que vc ainda gosta dele. Será que gosta?


*O ex que sabe suas festas preferidas e liga na véspera de cada uma, lembrando ‘o ano que nós estávamos juntos’, como se tivesse sido muito bom... E ele não tivesse tomado um porre e sumido no meio da festa, reaparecendo abraçado com uma fulana semi-nua que ele jurava ser sua meia-irmã...


*O ex que acha que é seu melhor amigo e liga todo-santo-dia pra saber ‘como vc está’...


*O ex que parece adivinhar a época que vc está carente e sozinha, e manda msgs melosas oferecendo o colo espaçoso dele, o corpo dele... Pronto pra voltar a manifestar o ciúme doentio que sempre teve de vc, até mesmo com as suas amigas...


*O ex, que depois que virou ex veio dizer que te acha sexy, sensual, que te viu na rua e vc está cada vez mais linda “e, bem, era só isso...a gente se fala, tchau!”

*O ex que acha que continua amigo dos SEUS parentes e faz questão de ligar no SEU celular, mas pra falar com a SUA mãe, como se sua casa não tivesse mais telefone...


*O ex que não entende que o fato de ainda falar com ele não quer dizer nada e, não só acredita como também espalha, que vcs vão voltar a ficar juntos... E fica puto, falando mal de vc pra todo mundo, qdo vc aparece com outro cara...


*O ex esquecido, que no primeiro porre te liga dizendo que não sabe por quê vocês se separaram.. E você mesma já fez questão de esquecer.


*O ex que agora acha que vai dar em cima das suas amigas e, ainda por cima, conta com sua ajuda, ‘em nome dos velhos tempos’...


* O ex que sim, já entendeu que vcs são 'ex' e que vc está bem, inclusive com outro cara, mas de vez em quando dá a louca e te liga de madrugada... Só pra saber por onde anda você e com quem...


*O ex (com quem vc nunca teve muito a ver) que some e te liga depois de uns 5 anos, dizendo ‘que bom ouvir sua voz’... E você não sabe bem o que ele quer dizer com isso...


*O ex que te manda, via e-mail, uma foto e a história da nova namorada, porque a sua opinião é muito importante e ele quer saber o que você acha...


*O ex que ainda manda flores no seu aniversário, liga pra dar parabéns, feliz natal, feliz ano novo, feliz páscoa, feliz dia das mães, fingindo que aquela história de ter ficado com sua prima na sua festa de formatura é coisa da sua cabeça...



Eu até que tive bem poucos problemas com ‘ex’... Por que sempre soube escolher! Mas todas essas histórias descritas acima são reais. Aconteceram comigo eu com outras amigas...

Fiz um apanhado e a dúvida surgiu... Fiquei me perguntando: será que ex bom é ex morto?


Tudo bem que toda história tem dois lados, e os ‘ex’ também...

Tem aquele 'fofo' que vc descobre que serão ótimos amigos, agora que ele é ex...

E aquele outro que depois de tanto tempo, vcs voltam, ficam juntos, casam, e você se pergunta 'Como é mesmo que ele virou ex?' Você nem lembra!

Mas uma coisa é certa... Todo mundo tem um ex que tem vontade de matar.

sábado, 17 de maio de 2008

Faço parte da turma das loucas mulheres bem resolvidas... E adoro!


Existem os excêntricos... Os perdidos... Os desiludidos... Os estressados... Os problemáticos... Os desencontrados... Os paralisados... Os fantasiados... Os fanáticos...

Mas tem um povinho muito especial, no qual me enquadro, que faz coisas estranhas, sem a menor intenção de fazer.

Eu falo sozinha. Canto sozinha. E no carro, eu berro. Nem ligo pra quem tá vendo.

Leio Blogs alheios só pra malhar. Não, não é só pra malhar, não. Leio, por que adoro ler! Mas meu Deus, por que me fazem ler tanta porcaria? E por que não consigo largar um texto ruim sem ter chegado ao final? Que história é essa de respeitar alguém que não conheço, só pelo respeito à exposição dos outros?

Cabelos me incomodam... Se tiver um na cama eu acordo e tenho que exterminá-lo. Não pergunte o porquê! Mas eu odeio carecas. Essa é uma das primeiras coisas que observamos num homem: a possibilidade dele se tornar um... E se a resposta for sim, ele será gentilmente descartado. A não ser que tenha muito estilo e seja muito inteligente. Mas já percebi que os propensos exterminados são os mais educados, os mais cavalheiros.

Uma dama não comenta... Com qualquer pessoa! Mas tem pessoas com quem a gente tem o dever de comentar! E comentamos.

Menina usa taça! Até pra beber cerveja. Tulipa é coisa de menino.

Conversar com plantas é bobagem! O que elas querem mesmo é extrume, água... Fale sozinha.

Odeie tirar fotos! Desde criança... que tenho horror a fotografia. De vez em quando recolho uns álbuns de família pra esconder fotos minhas. Não sou procurada. Entro e saio da Polícia Federal sem problemas e tenho bons amigos lá... Ex namorado... Não sou feia, sou até bonita demais. Muito interessante, descolada, despachada, resolvida. E não gosto de fotos! Então por que congelar um momento? Medo de Alzheimer?

Se a gente quiser, convida. Não me faça convites que não vamos aceitar. Acha o quê? Que a gente tá de bobeira esperando?

Beijo bom não é o roubado. Não beije ninguém de sopetão! Isso é um abuso tão grande quanto um estupro! Só somos simpáticas, não damos bola.

Não mande bilhetes. Não ligue de madrugada. Não se declare.

Se ligue, meu filho!

O sol me cansa...


Mas eu tenho dormido cedo... A lua não me alcansa...
Não vamos nos encontrar!

A Cecília foi feita para se amar!

Despedida

Por mim, e por vós, e por mais aquilo que está onde as outras coisas nunca estão, deixo o mar bravo e o céu tranqüilo: quero solidão.
Meu caminho é sem marcos nem paisagens. E como o conheces? - me perguntarão. -
Por não ter palavras, por não ter imagens. Nenhum inimigo e nenhum irmão.

Que procuras? Tudo. Que desejas? - Nada.
Viajo sozinha com o meu coração.
Não ando perdida, mas desencontrada. Levo o meu rumo na minha mão.

A memória voou da minha fronte. Voou meu amor, minha imaginação...
Talvez eu morra antes do horizonte. Memória, amor e o resto onde estarão?
Deixo aqui meu corpo, entre o sol e a terra. (Beijo-te, corpo meu, todo desilusão! Estandarte triste de uma estranha guerra...)

Quero solidão.

CECÍLIA MEIRELES.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

Não quero te ver, dizem que você não quer mais me olhar

Continuação do desapego, da despedida... Da dor.


"Acabou
Agora ta tudo acabado
Seu vestido estampado
Dei a quem pudesse servir
Agora que eu não posso mais caber em ti

Não quero te ver, dizem que você não quer mais me olhar
Como velhos desconhecidos se você não me escuta eu não vou te chamar
O amor que eu dei não foi o mesmo que eu vi acabar
O amor só mudou de cor, agora já ta desbotado
Corra lá vem à tristeza atirando pra todos os lados
Pegue o vestido estampado, guarde pro carnaval
Guarde que eu nunca te quis mal
Até o feriado quarta feira de cinzas e ta tudo acabado

Agora ta tudo acabado
Seu vestido estampado
Dê a quem pudesse servir
Agora que eu não posso mais caber em ti

Não quero te ver, dizem que você não quer mais me olhar
Como velhos desconhecidos se você não me escuta eu não vou te chamar
O amor que eu dei não foi o mesmo que eu vi acabar
O amor só mudou de cor, agora já ta desbotado
Corra lá vem à tristeza atirando pra todos os lados
Pegue o vestido estampado, guarde pro carnaval
Guarde que eu nunca te quis mal
Até o feriado quarta feira de cinzas e ta tudo acabado."

Letra da Ana Carolina, Vestido estampado.

E como dói!

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Dor demais!

Não sei como ela consegue chorar noite e dia. E não parar. Eu que acho que entendo as coisas da vida, os sentimentos dos outros, nunca vi nada assim. Me sinto mal por não conseguir fazer nada que a alivie. Nem meu amor consigo dar. Talvez por que não entenda a extensão do sofrimento. Talvez... Nunca tenha amado assim. E espero, sinceramente, nunca amar dessa maneira. Um amigo escreveu uma vez sobre gente que ama errado. Meio que indiretamente disse que eu era assim. Acho que sou. Ainda bem que sou.

Um amor... para esquecer.


Desejo, Senhor...
Não amar mais ninguém.
Chega de amor pra mim.
Não me faça mais crer... Querer. Sofrer.

Sabe Senhor...
Amei o moço mais que a mim mesma.
Me entreguei de verdade, me perdi.
Os beijos que eu dei, Senhor, foram os mais sinceros...
Os sonhos que cultivei não tinham fim.
Não sonhei só pra mim.
Construí sonhos pra dois.
Mas o moço, Senhor, tinha outros planos.
Tinha seus desenganos.
E não acreditou em mim.
Achou que o meu amor era um engano.
Meus carinhos, sub-humanos.
Meus beijos, artimanhas sem valor.
Portanto, Senhor, me livre desse castigo.
Não brinque mais comigo.
Me deixe com a solidão.
Essa sim, Senhor, é carinhosa comigo...
Me deu um abrigo e me apóia se eu chorar.

terça-feira, 13 de maio de 2008

Amigos, Por Vinícius.

Tenho amigos que não sabem o quanto são meus amigos.
Não percebem o amor que lhes devoto e a absoluta necessidade que tenho deles.
A amizade é um sentimento mais nobre do que o amor, eis que permite que o objeto dela se divida em outro s afetos, enquanto o amor tem intrínseco o ciúme, que não admite a rivalidade.
E eu poderia suportar, embora não sem dor, que tivessem morrido todos os meus amores, mas enlouqueceria se morressem todos os meus amigos!
Até mesmo aqueles que não percebem o quanto são meus amigos e o quanto minha vida depende de suas existências...
A alguns deles não procuro, basta-me saber que eles existem. Esta mera condição me encoraja a seguir em frente pela vida.
Mas, porque não os procuro com assiduidade, não posso lhes dizer o quanto gosto deles. Eles não iriam acreditar.
Muitos deles estão lendo esta crônica e não sabem que estão incluídos na sagrada relação de meus amigos.
Mas é delicioso que eu saiba e sinta que os adoro, embora não declare e não os procure.E às vezes, quando os procuro, noto que eles não tem noção de como me são necessários, de como são indispensáveis ao meu equilíbrio vital, porque eles fazem parte do mundo que eu, tremulamente, construí e se tornaram alicerces do meu encanto pela vida.
Se um deles morrer, eu ficarei torto para um lado. Se todos eles morrerem, eu desabo! Por isso é que, sem que eles saibam, eu rezo pela vida deles.
E me envergonho, porque essa minha prece é, em síntese, dirigida ao meu bem estar. Ela é, talvez, fruto do meu egoísmo.
Por vezes, mergulho em pensamentos sobre alguns deles.Quando viajo e fico diante de lugares maravilhosos, cai-me alguma lágrima por não estarem junto de mim, compartilhando daquele prazer...
Se alguma coisa me consome e me envelhece é que a roda furiosa da vida não me permite ter sempre ao meu lado, morando comigo, andando comigo, falando comigo, vivendo comigo, todos os meus amigos, e, principalmente os que só desconfiam ou talvez nunca vão saber que são meus amigos!
A gente não faz amigos, reconhece-os.(Vinicius de Moraes)

Se foi o Vinícius, ele errou.


A distância faz muitas coisas ruins. Ontem, falar com você e te desejar parabéns, foi muito esquisito... Primeiro, por que errei a data. Antecipei. Mas a intenção foi boa... Eu estava morrendo de medo de esquecer de te dar parabéns... Segundo, por que quando começamos a falar de como estavam as nossas vidas, você me pareceu felicíssima numa vida que deixei pra trás por tédio e sensação de prisão.

Mas o pior foi ver que, quando comecei a falar de mim e da nova vida que estou levando, você demonstrou que enxerga tudo em branco e preto. Achava que você era a pessoa que mais me conhecia... E vejo que nunca foi.

Juro que isso me assustou. Será que a gente mudou ao ponto de uma já não saber mais quem a outra é? Será que a gente nunca soube? E como nos tornamos melhores amigas? E agora, o que é que a gente vai fazer?
Acreditei que falar ao telefone e de vez em quando te ver, seria suficiente. Mas é que eu acredito em tudo, você ainda deve lembrar... Tem um pensamento que diz que basta saber que se tem amigos e que os adora, onde quer que eles estejam, pra ser feliz. Não lembro quem escreveu, talvez o Vinícius. Isso é bom, mas é pouco e nesse momento não me faz feliz, me deixa triste. Me faz chorar.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Não aguento mais!


Estou me desintoxicando de você...

E você não sabe...

Deve estar estranhando as minhas ausências... Elas não são normais.

Pego o telefone, entro no msn, e nada.

Mudei de caminho, de time, de rumo na vida...

Você não me faz bem!

Desde que entrou na minha vida eu estagnei.

Te esperei e você nunca veio...

E eu não cansava de te esperar, mas não dá...

Eu não aguento mais chorar sozinha na cama por que não ligou ou não veio...Ou não tem certeza.

Hoje fazem quatro dias.

Parece pouco, mas não é. É um começo.

É o meu recomeço.

domingo, 4 de maio de 2008

Você precisa ler isto. Do Antônio Prata.

"PROMESSA

“Há alguns dias, Deus – ou isso que chamamos assim, tão descuidadamente, de Deus – enviou-me certo presente ambíguo: uma possibilidade de amor. Ou disso que chamamos, também com descuido e alguma pressa, de amor.”

Quando cheguei ao bar e a vi, rodeada de rostos conhecidos; quando sentei, sorrindo, depois de dar oi a todos e falando alguma dessas bobagens que a gente fala ao chegar, e os outros riem, e nos sentimos acolhidos na turma de cinco amigos em meio a dezoito milhões de desconhecidos; não percebi o que estava para acontecer. Achei-a bonita, ponto. E pensei – no momento em que puxava a cadeira para sentar-me – quem é essa moça bonita que eu não conheço, em meio aos outros que conheço tanto?A primeira impressão é a que fica -- para trás. Pelo menos no meu caso. A imagem inicial que tenho de pessoas e lugares não tem nada a ver com a que se constrói depois de um tempo. Se naquele momento me perguntassem, portanto, o que eu achava da menina bonita, não iria me derreter em superlativos. Mas quando ela sorriu pela primeira vez, e a curva do sorriso foi abrindo caminho pelas bochechas e apontando para cima, em direção a dois olhões pretos e inteligentes, pensei assim: eu poderia amar essa mulher.Não, não foi amor à primeira vista. Eu não estava loucamente atraído por ela, nem apaixonado. Não senti vontade de pular em cima e beijá-la imediatamente, nem aquela afobação que a gente já não sabe se é desejo ou consumismo, tipo: preciso dela imediatamente. Eu estava calmo. O amor é calmo.Eu seria uma besta se dissesse que vi nos olhos dela a mesma perspectiva. Não vi. Aliás, mulher não é assim tão boba de dar bola em cinco minutos de conversa. O que reparei foi que ela me olhava curiosa: quem é esse cara que chegou? O que ele faz? O que ele pensa das coisas? E não houve uma frase que eu tenha dito aquela noite, um gesto que eu tenha feito, que não tenha sido, mesmo que indiretamente, para ela. Tomei cuidado para não deixar transparecer. (Nada menos atrativo, ao errarmos na dose, que o desejo). Mas ela soube -- e vi que gostou daquela atenção, tão exagerada quanto disfarçada.Desculpe dizer, impaciente leitora, que não aconteceu nada de concreto. Nem beijos, nem champanhe, arranhões ou lençóis. Alguns chopes, algumas risadas arrancadas à fórceps com minhas piadas (e comemoradas como gols do Brasil, internamente) e, tenho certeza – no final eu tive certeza – uma mútua promessa de amor.Eu poderia contar outras histórias, mais felizes e intensas, mas não valeriam à pena. Nós inflacionamos a felicidade. Ela está por aí, gasta, em propagandas de Campari, em outdoors de pasta de dentes, em livros, filmes, melodias e novelas das seis. Nenhuma felicidade real chega aos pés dessa que criamos. A única felicidade possível, acredito, é a promessa de felicidade. Já não há mais espaço para happy ends. Só para happy beginings. Esse é o meu. Foi ontem que conheci essa mulher. Não tenho a menor idéia do que pode acontecer, mas agradeço à vida por ter me enviado esse “presente ambíguo: uma possibilidade de amor” (...) “Essa pequena epifania. Com corpo e face. Que reponho devagar, traço a traço, quando estou só e tenho medo. Sorrio, então. E quase paro de sentir fome.”

Ps. A citação lá no começo e as aspas do final são da crônica Pequenas Epifanias, de Caio Fernando Abreu, que está no livro de mesmo nome, Ed. Agir."


Tem escritos que precisam ser divulgados. Mesmo que não sejam meus.

sábado, 3 de maio de 2008

Nesta fase de despedidas, achei esse texto de um escritor que amo.

DESPEDIDA


Não são vocês. Juro. Vocês são o máximo. Eu é que... Não, não vou me culpar, não vou dizer que “sou um idiota” ou “não sei o que está acontecendo”. Eu sou legal, vocês também e está tudo certo: é que tem uma hora que as coisas acabam. Ou continuam, só por preguiça ou falta de coragem de darmos um fim a elas, até irem murchando, embolorando. E isso eu não quero, nem vocês, certo?Eu comecei aqui em 2001. Era um moleque de 23 anos, que ainda estranhava ter saído da escola, ter que ganhar a vida e pendurar os próprios quadros na parede. Não tinha me acostumado com o fato de que -- como escrevi numa das primeiras crônicas -- “se fizesse alguma coisa muito errada, iria para a cadeia, não para a sala do diretor”. Eu era um espião do lado de lá do terceiro colegial, dando (e procurando) uma piscadela cúmplice: ei, esses adultos são muito estranhos, né?Durante todo esse tempo, eu disse tudo o que sabia (e o que não sabia, também) sobre escola, pais, primeira vez, namoros, drogas, anorexia e o sentido da vida. Opinei, com a maior cara de pau, sobre Deus e o mundo. Acontece que agora já estou com os dois pés fincados em território inimigo: tenho uns fios de barba brancos e -- confesso, envergonhado -- um multi-processador, não faço a menor idéia de quem seja Amy Winehouse e preocupa-me muito mais saber como vou criar meus filhos do que a relação com meus pais, entendem?Vocês não sabem o quanto aprendi com vocês. Sério, não é demagogia de despedida. Para escrever aqui, semana sim, semana não, por sete anos, fui obrigado a olhar para trás, para frente, para os lados e, principalmente, para dentro. Escrevendo o Estive Pensando eu me tornei cronista e, de certa forma, adulto.Sabe o que? Acho que pra vocês também vai ser muito legal. Nunca mais vão ter que me ouvir reclamando da adolescência, falando que o amor é lindo e a vida, apesar de difícil, é bela. Vão conhecer pessoas novas, descobrir maneiras diferentes de usar as frases e as crases, construir parágrafos e discursos, terão outros pontos de vista e pontos finais. Vão viver coisas que não viveriam, se continuassem comigo.Quando começamos, éramos todos muito novos. Nós crescemos juntos, aprendemos juntos e nos entregamos, inteiros, por bastante tempo. Agora é hora de irmos cada um pra um lado, com os corações abertos e tentarmos ser felizes – não para sempre, porque isso não existe, mas sempre que possível. Muito obrigado por tudo. Mesmo.


Antônio Prata, Blog Amores Expressos.

Paralelo.


Acabei de assistir um filme onde uma mulher bonita, inteligente, resolvida e bem sucedida foi abandonada pelo telefone... E fiz um paralelo com o mundo real...

O que está havendo com o mundo? Com os homens? Com as mulheres?

Ela estava triste, depressiva, e pior, ficou sozinha no fim do filme... O me fez pensar em outro paralelo...

Eu devia ser bem menos inteligente... E fingir que não sei que eu não quero. Mas é tão difícil...

É sexta e não tenho a menor vontade de sair pra conhecer pessoas novas. Imagino os diálogos possíveis, as figurinhas e cantadas 'carimbadas', a música alta...

Meu sofá, minha cama e minha casa me parecem mais atraentes.

Estou ficando seletiva demais. E, a longo prazo, isso não é bom.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Eu queria ser como ela.

Sempre tem alguém próximo que você admira muito e é muito diferente de você.
Eu experimento isso na minha família.
Tenho uma irmã que é a mulher mais corajosa que eu já vi. Ela é destemida, livre, individualista, centrada nela... O mundo pode explodir, mas na vida dela ninguém interfere.
Isso me assusta muito... Por que descobri, faz um ano, como é difícil pra mim desfazer laços, largar coisas, histórias, pessoas... Tudo isso pra ela é normal. Eu queria ser como ela por que metade dos meus problemas estariam resolvidos... Metade de mim é medo. Ela inteira é coragem. Invejo!

Pequena listinha do que o homem deve ter, por Tati Bernardi.

"Homem briefing
Um dia minha terapeuta falou pra mim: “você precisa formatar esse homem que você quer. Parar de se perder pelo meio do caminho com gente que não tem nada a ver com você.” Cheguei em casa e fiz o que os publicitários chamam de briefing. Coloquei em um papel todos os aspectos, formatos, intelectos, medidas, cores, palavras, sentimentos e modos que esse macho deveria ter: 35+, bem-sucedido (mas porque ralou e não porque nasceu rico), moreno, não muito alto, baixinho nem pensar, forte (mas não malhado), sensível mas que saiba carregar peso e resolver problemas burocráticos, engraçado mas sem muitas piadas com pum, que ame a família mas que queira também constituir uma, que ame as crianças mas que nem por isso queira ser uma, que ame os cachorros mas que nem por isso queira ser um, que ame a sua mãe mas que nem por isso queira que eu seja a mãe dele, que chore vendo tv, desde que não seja o campeonato dublado de pôquer e que ame os amigos mas nem por isso dependa deles para ter personalidade. Que use um anti-sinais mas às vezes fique com preguiça do banho (homem sempre limpo e cremoso também não dá), que tenha uma quantidade média de pêlos, despelado não dá, tampouco macaco. Que corte as unhas do pé mas jamais use base nas unhas da mão, que tenha uma barriguinha de leve para que eu não fique neurótica com a minha bunda molinha, que, quando de frente para o espelho, olhe sua careca e jamais os músculos da sua bunda, que respire de um jeito aceitável quando dorme depois de beber e que jamais, jamais, jamais: vomite. Que more sozinho, goste de ler (John fante e Nelson Rodrigues, por favor!), goste de sexo “olho-olho” e não só de sexo “canal pago”, goste de viajar mas nem por isso deixe de aproveitar os cinemas e os restaurantes maravilhosos de São Paulo, que seja um pouquinho “cafa” mas só comigo e que goste de uma mistura louca entre Truffaut, Fernando Meirelles, Spike Lee, Orson Wells, Bossa Nova, eletrônico, Jammie Cullum, Franz Ferdinand, Frank Sinatra, Billy Hollyday, Cartola, Elvis e… Alcione (adoro “a marrom”, ninguém é perfeito!). Bom, na verdade o texto tinha umas 18 páginas (só para gosto musical, cinematográfico e literário iam umas boas 10), mas eu só tenho 3.500 toques aqui. Assim que terminei meu briefing de homem perfeito, não deu três dias ele apareceu. Dizem pra gente tomar cuidado com o que deseja, pois é. Trocamos alguns e-mails, telefonemas e, a identificação foi tanta, que no dia do nosso primeiro encontro eu quase fui de vestido de noiva. Ele escolheu o restaurante perfeito, me buscou na hora certa, usou o perfume certo, colocou o cd certo e disse todas as palavras certas, com direito a uma cultura invejável que calou a minha boca e me fez ter vergonha da minha listinha de músicas, filmes e livros. Durante o jantar me fez rir o tempo todo, pediu o prato certo, o vinho certo, a sobremesa certa e, pra completar sua desenvoltura impecável: pagou tudo. De volta ao carro ele abriu a porta para mim, me deixou comandar o ar-condicionado mas não me deixou comandar a discotecagem, afinal, homem precisa ser só meio comandado: totalmente comandado é coisa de fraco e nada comandado é coisa de grosseiro. Perfeito! Me deixou na porta de casa, desceu do carro comigo, me acompanhou até o elevador. Me deu um beijinho carinhoso, mas não tentou me agarrar, afinal: mistério para o próximo encontro é perfeito. No dia seguinte, logo pela manhã, me mandou flores. Sim, finalmente eu havia encontrado o homem briefing, ele existia, ele podia ser meu. Só continuo solteira porque, infelizmente, nunca mais quis falar com ele. Puta cara chato!"

Aprendi, com os mais especiais.

Eu estava conversando com uma amiga sobre os ensinamentos que as pessoas deixam na nossa vida depois que passam. Comecei a analisar.
O X, me ensinou que viver é uma festa e na minha vida eu sou celebridade. Me ensinou também que a fila anda, e se a gente não entra nela primeiro a gente chora... Esse foi um ensinamento bom, pra quem ainda não tinha dezoito anos.
O Y me ensinou que a vida é leve, simples. Que ficar horas lendo livros, poesias, vendo o sol se pôr, abraçados, tomando vinho... É a melhor coisa do mundo. E ainda é!
O XY me ensinou que a gente não pode confiar nas ausências... Elas são cruéis, mas necessárias. Tentou me ensinar que eu precisava perdoar... Não conseguiu. Perdoar pra mim é muito difícil. Mas com ele aprendi que nunca devo tomar bebida com alto teor alcoólico, porque passo muito mal, e ressaca não é coisa de menina. Que não devo ficar noiva de alguém que está com passagem marcada pra ir embora do país, mesmo que por pouco tempo... Com 20 anos as pessoas mudam de opinião muito rápido! E que eu não devo fazer 'greve de fome solidária'...
O XYX me ensinou que eu posso tudo, que eu consigo o que eu quiser... Que eu posso ser forte e sentir medo, sem culpa. Que o silêncio é necessário, quando se ama... E que todo mundo erra, mesmo sem querer errar. Que eu preciso perdoar, por que preciso do perdão. Que o tempo modifica os sentimentos, revira a vida, planta dúvidas e traz pessoas novas. Que não há 'amor pra sempre', mas há 'amor-amizade' eternos...
Outros caras existiram, mas estes foram os mais especiais. Depois deles eu percebi que não acredito mais em príncipes de cavalo branco, e que o que eu preciso é amar um homem repleto de defeitos conhecidos e qualidades escondidas.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Eu nem te amo...

"É estranho como sinto saudades quando você vai buscar água. Aqueles segundos que separam o resto das suas canelas se perdendo no corredor com o pulo que você dá na cama. Aí você volta cheio de pressa em se livrar de mim e eu penso que tudo bem. Você tem pressa até de se livrar de você mesmo. O problema não deve ser eu. E eu nem te amo mesmo. Só fui te visitar porque tenho preguiça de transar com qualquer um e se fico mais de 3 semanas sem sexo começo a arrumar confusão no trânsito. Sua voz é chata e seu papo então, insuportável. Respiro aliviada e sugo o máximo de você, pra ter a certeza absoluta de que não é você. Não sonhei com você. Não quero passar minha vida ao lado da pessoa mais estranha do mundo. Imagina só ficar grávida de um homem que tem pavor de mulher com enjôo? Imagina só ficar velha ao lado de um homem que tem pavor da vida óbvia, cotidiana e imperfeita? Eu viveria infeliz. Não é você. E lá vem você me perguntar porque é que estão todos casando, e falar pela trigésima vez que você vai acabar sozinho e não deve nada a ninguém. E lá vem você me olhar apaixonado e, no segundo seguinte, frio. E me falar para eu não sofrer e para eu ir embora e para eu não esperar nada e para eu não desistir de você. E eu me digo que não é você. Porque, se fosse, meu sono seria paz e não vontade de morrer. Me despeço, já sem aquela dor aterrorizante, das partes de você que mais amo. Ainda que eu nem te ame mesmo. E me despeço das partes da sua casa que eu mais amo. Ainda que nada disso seja amor. E entro no carro já sem chorar. Os últimos três anos chorando por você serviram ao menos para me secar por dentro. Preciso me aliviar. Mas dou até risada porque acabaram os caminhos. O mundo não suporta mais esse meu não amor por você. Meus amigos espalmam a mão na minha cara e já vão logo adiantando que se eu pronunciar seu nome, eles vão embora sem nem olhar para trás. Remédios só me deixam com um bocejo químico e a boca do estômago triste, mas não tiram você do meu coração. E escrever, que sempre foi a única coisa que adiantava para os dias passarem menos absurdos, já se tornou algo ridículo. Escrever sobre você de novo? De novo? Tenho até vergonha. Nem eu suporto mais gostar de você. E olha que nem gosto. É como se o mundo inteiro, os ventos, as ondas do mar, os terremotos, as criancinhas peladinhas brincando de construir castelinhos na areia , os carros correndo nas estradas, os cachorrinhos meditando nas gramas de todos os parques do mundo, a chuva, os cartazes de filmes, o passarinho que canta todo dia de manhã na minha janela, a torta de palmito na geladeira, a minha vizinha louca que briga com o gato na falta de um marido, um cara qualquer com quem eu dormi (e todos eles parecem qualquer quando não são você). É como se o mundo inteiro me dissesse: “hei Tati, ninguém agüenta mais esse assunto! Chega!” E no meio da noite, quando eu decido que estou ótima afinal de contas tenho uma vida incrível e nem amava mesmo você, eu me lembro de umas coisas de mil anos e começo a amar você de um jeito que, infelizmente, não se parece em nada com pouco amor e não se parece em nada com algo prestes a acabar. Lembro de você me dando mostarda de café da manhã na primeira vez que dormi na sua casa, de você com os olhos disfarçando uma lágrima porque a minha cachorra buscou a bolinha e era só uma desculpa para eu fechar a porta antes dela voltar. Lembro de você querendo fugir de um museu na Itália porque tantos dias longe de casa te deram uma espécie de bobeira e você achava que estava sufocando. Lembro da sua jaqueta com um sol nas costas e do seu cabelo espetado igual ao sol, do cheiro que você tem bem no centro da nuca, do gosto amargo de menino que tem pressa de tomar banho que você tem bem no fundo da orelha. Lembro de você olhando a bunda da minha amiga e logo depois me dando um abraço forte e dizendo “cadê mesmo aquela revista que tem um texto lindo seu?”. E lembro da primeira vez que eu te vi e te achei meio feio, vesgo, estranho. Até que você me suspendeu no ar por razão nenhuma eu tive certeza que meu filho nasceria um pouco feio, vesgo e estranho. E então, no meio da noite, enquanto eu penso tudo isso, eu pergunto ao mundo todo que não agüenta mais esse assunto. Ao mar, às criancinhas peladas, aos cartazes de filmes, ao passarinho, à vizinha, aos cachorrinhos em meditação, à torta, aos carros, à qualquer um...eu pergunto: por que é que vocês todos estão tão cinza? Por que é que vocês não me ajudam? Por que é que todos vocês também ficam tão tristes quando ele vai embora? Por que é que todos vocês também morrem quando ele vai embora? Por que é que todos vocês também amam ele?"
Tati Brenardi

Um conto sobre uma idiota!

Desde a primeira vez que se viram, quando os olhos se cruzaram e ela olhou pra trás, soube: Era dele! A partir daí não parava mais de pensar nele. Mas não houve retribuição. E, a partir de então, enumerar os defeitos, inúmeros, já não estava funcionando... Como não? Se funcionou a vida inteira?
E ele... Não era o homem ideal. Tinha fama de galinha. Era feio. Bobo. Polêmico... Nada do que ela queria. Se viam no trabalho e acabaram amigos... De mentirinha! Ela o desejava. Sonhava com os beijos, os abraços, conversas que teriam... Mas os dias passavam e nada acontecia.
Um outro cara do escritório era louco por ela. Se aproximou e foi cruelmente repelido. E era repleto de qualidades que ela admirava. Culto, sóbrio, elegante, refinado, bonito, decente... Mas não era ele que ela queria.
Ela espera, porque viu no fantástico, em uma de suas noites de solidão, que a paixão dura um ano e seis meses, que essa paixão idiota acabe. E que ela, idiota, tire o tal idiota da cabeça... Mas, no fundo, acha que foram feitos um pro outro.

Vá entender!

Mulher é...

diáfana
indelével
difinitivamente volúvel
volátil
etérea
substancialmente gasosa
fluida
solvente
anatomicamente translúcida
dúbia
insípida
misteriosamente palatável
dogma
enigma
magnificamente ideal
linda
envolvente
deliciosamente fogosa

O escorpião.

"Era uma vez um escorpião que decidiu não casar nunca. Tinha medo de ficar viúvo. Sabia que todos escorpiões podiam, de repente, suicidar. Mas o coração tem razões que até a razão desconhece. Caiu de amores por uma donzela escorpião. Sorte, era correspondido. Mas ela também tinha, como ele, medo de perder seu amado. Preferiu não escutar o coração.

Por muito tempo, permaneceram sozinhos. O que os mantinha vivos era a curiosidade de saber o que o outro faria.

Um dia, ela decidiu procurá-lo e passavam horas na dança do amor, um tentando evitar ferir o outro e ser ferido. O medo da solidão sempre rondava. Vigiavam-se mutuamente, para evitar a morte.

A tal ponto que, sufocados, decidiram separar-se.

Desde então, passam a vida a se olharem de quando em quando, sempre indecisos entre o medo de ficar juntos e o risco do abandono."

O texto é de um desconhecido... Mas é lindo, não é? E tão verdadeiro...


O que uma mulher inteligente, bem sucedida, que já escreveu mais de sete livros quer com gatos? Eu estou tentando desvendar!
Eu acompanho uns blogs com fidelidade... Reclamo quando os autores param de escrever ou quando escrevem bobagens, quando eles demoram e não avisam que é um blog semanal, mensal... Alguns escritores são até meus amigos, outros respondem com uma indignação maior que a minha. E recebem uma resposta mal educada...Mas essa escritora, que não conheço, mas que acompanho, pode ter sido abduzida...
Por uma questão de respeito vou resguardar o nome e o endereço do blog... Certamente, algo grave aconteceu. Ela tinha umas tiradas fantásticas, era bem humorada, inteligente, sarcástica... Mas, de dois meses pra cá ela só fala de gatos... E não é de maneira figurativa... E os títulos das postagens são ainda mais ridículos... Eu leio, incrédula!
E agora? Fazer o quê? Escrever um e-m indignado? Denunciar o rapto à polícia? Ler outro blog?
Vou dar um exemplo do brilhantismo dela. O texto abaixo é dela. Simples, objetivo, divertido. Como ela era antes:
"Voltando de Marte.
Ontem um homem da NET veio aqui em casa me ensinar a usar o controle remoto. Minhas perguntas eram tão imbecis que, para me sentir um pouquinho melhor, expliquei que havia passado muito tempo em coma, tinha acabado de voltar e agora estava me inteirando das novas tecnologias.
O bom de gente que trabalha com televisão o dia inteiro é que eles acham tudo normal. Primeiro ele parou de usar gírias. Depois ele começou a falar muito lentamente comigo. Quando passamos por um canal com o Ronald Reagan, pedi para ele voltar. Ouvi durante alguns minutos e disse que tudo bem, ele podia prosseguir. Mas o moço não entendeu a piada, ou ficou com dó mesmo..."
Ah! E antes que alguém pense que eu me contagiei com a doença, essas fotos ridículas de gatos foram tiradas de lá.